Tche! Como
me faço acompanhar de meu rádio a cada jogo do G. E. Brasil, republico aqui com
muito gosto a crônica escrita pelo grande Xavante Ivan H. Schuster.
“Meus
amigos e companheiros, a fase é maravilhosa. O momento é para ser aproveitado.
Pena que não dá para fazer a vida passar em “slow motion”, só para podermos
aproveitar por mais tempo, bem devagarinho, quadro a quadro, cada um dos
lances. Vão-se longos 30 anos, desde a última vez que tínhamos um time que
inspirava confiança. Quando íamos assistir as apresentações convictos que a
vitória era mais provável do que a derrota. Que momento!
Estava olhando a tabela de classificação. Não é por acaso
que estamos na primeira posição. Além do maior número de pontos, temos o maior
número de vitórias, o menor número de derrotas(por sinal, zero), o menor número
de golos sofridos e o maior número de golos feitos. E tem gente que acha que o
RZ é retranqueiro, que usa muitos volantes, que isto e aquilo. Senhor,
perdoai-vos, eles entendem é nada de futebol. Faz tempo que não vou assistir as
apresentações do pavilhão no Bento Freitas. Como será que estão aqueles
corneteiros históricos? Pelo menos poderiam pedir desculpas por todas as
bobagens que já disseram.
Em um texto anterior, eu comentava do fascínio que nós,
pelotenses, temos pelo fracasso. Ontem na entrevista o RZ fez uma avaliação
mais correta. Não é fascínio pelo fracasso, mas medo do sucesso. Matou a pau e
mostrou a cobra, ou algo assim. Ele, um profissional vindo de fora, ficou
impressionado com como sempre procuramos e enaltecemos o problema, o que está
errado, ao invés de potencializarmos o que há de positivo, de bonito. É o caso
aquele do copo meio cheio ou meio vazio. Nós sempre temos a tendência a achar
que está quase que totalmente vazio, mesmo que esteja 90% cheio. Ah, mas faltam
10%!
E ninguém faz isto melhor que a imprensa esportiva. Mesmo
sendo o GEB o único clube a lhes oportunizar viagens para fora do estado,
possuem uma dificuldade enorme em apoiar e enaltecer a nossa campanha. Ao
contrário, o foco está em nos puxar para baixo. Parece que vencer é ruim,
perigoso. Ao invés de festejarem a vitória de hoje, salientam uma possível
derrota que poderá acontecer em um futuro não definido. E, sobretudo, jamais
explicitam a enorme diferença atualmente existente entre o GEB e os demais
clubes da região sul do estado. Nivelam por baixo.
Não gosto muito de ouvir as apresentações Xavante pelo
rádio. Acho muito ruins. Conversam demais e não conseguem descrever o que
acontece em campo. Limitam-se a dizer quem está com a bola. Raramente explicam
em que parte do campo a jogada acontece, qual o posicionamento dos atletas,
enfim, uma descrição mínima para que o ouvinte consiga formar uma imagem do que
está acontecendo. A impressão que tenho é de que a narrativa é voltada para os
que estão no estádio assistindo a apresentação. Muitas vezes já desliguei e fui
fazer outra coisa. O sofrimento era demasiado.
Mesmo já tendo optado inúmeras vezes por acompanhar o
andamento da apresentação Xavante pelas redes sociais, faço de tudo para não
perder a entrevista final do RZ. Lembra-me muito a luta do Maguila contra o
Evander Holyfield. Os repórteres insistem em tentarem impor suas opiniões, ao
invés de fazer o que deveriam, perguntar a visão do treinador. Se acham. E aí,
meu companheiro e companheira, o RZ deita e rola. Bate na cara de mão aberta.
Certa feita um amigo meu disse-me que o pior burro é o que se acha inteligente.
Obviamente, que após as entrevistas ficam tudo com cara de guri ranhento chorão
reclamando do RZ. O meu modesto conselho é que estudem mais, aprimorem-se,
reciclem seus conceitos e, acima de tudo, agradeçam a oportunidade que estão
tendo de aprenderem. Acreditem, como está, está ruim.
Nenhum comentário:
Postar um comentário