Foi um massacre. Excluindo-se algumas falhas individuais, o Xavante fez
uma apresentação de gente grande neste último domingo, dia 26 de julho de 2015,
também conhecido por ontem. Exercemos pressão durante os noventa minutos e mais
os acréscimos ridículos que o assoprador de apito concedeu. Deu 6 minutos,
quando deveriam ter sido, no mínimo, 10 minutos. A equipe do Tupi fez o que
pode para evitar que a bola rolasse. Em campo, fecharam-se a sete chaves na
defesa e o GEB foi para cima, tentou de todas as formas. Não deu. Não era dia
da bola entrar.
O goleiro deles fez uma grande partida. Talvez a melhor da sua carreira.
Mas não precisava toda aquela cena. Coisa de timinho. Muita covardia. Depois
vão para o microfone se dizerem profissionais. Esta “esperteza” de fazer
catimba, este antijogo exagerado, também ajuda a explicar os 7×1 que tomamos da
Alemanha. A preocupação com a catimba é maior do que o desejo de jogar.
Depois de muito tempo, voltei a assistir a uma apresentação Xavante – o
GEB não joga, apresenta-se – das cadeiras do pavilhão. É impressionante a
capacidade de cornetar que os frequentadores deste setor possuem. Passam todo o
tempo preocupados em achar erros individuais. É uma competição a parte. Quem
consegue fazer a melhor corneta. Acho que nem conseguem acompanhar o desenrolar
da trama ou, no caso de ontem, do drama. O Rogério é isto, o Cleiton é aquilo,
tem que colocar um, tem que tirar outro, e assim vão toda a apresentação. E
olha que estamos na liderança e fazendo apresentações como há muito não
fazíamos.
A diferença entre os Torcedores da arquibancada e das cadeiras, é que os
que frequentam a arquibancada torcem, incentivam, vibram, sofrem, aplaudem,
cantam, enfim, vão para dentro do campo com os jogadores e aproveitam o
momento. Já nas cadeiras, analisam e criticam, analisam e criticam, analisam e
criticam … Que depressão! É a maior densidade de depressivo por metro quadrado
da cidade. Vou sugerir que a diretoria do GEB forneça um comprimido de
anfetamina junto com o ingresso para quem for para as cadeiras. Faz check-in e
ganha um comprimido de anfetamina. Quem sabe até consigamos patrocínio de um
laboratório de medicamentos? Acho que seria um sucesso. Já imaginaram se
conseguem fazer o pessoal das cadeiras se levantar, torcer e apoiar o time?
Talvez só a anfetamina não resolva. Provavelmente teria que haver algumas
seções de psicoterapia em grupo. Que maravilha!
Agora é respirar fundo e nos prepararmos para a apresentação de sábado,
em Caxias do Sul. Apresentação importante e cheia de significado. Quem vencer,
não apenas abre uma diferença importante, embora pequena, como se mantém como
último invicto das Séries A, B e C do Campeonato Brasileiro 2015. Está certo
que o forte Cruzeiro de Porto Alegre não está participando desta competição,
mas, mesmo assim, é uma marca que merecerá registro. Se nos apresentarmos como
ontem, teremos boas chances de voltarmos da terra da polenta de barriga cheia.
E o Trem Pagador já está começando a encher. Existem várias excursões
abertas. A Maior e Mais Fiel do Interior do RS vai subir a serra. E nem
precisamos que nos deem ingresso, que paguem o ônibus e tal. Lá estaremos
porque sempre estivemos juntos. Somos parte integrante do show. Arreda que
estamos chegando. Podem ir e levar os amigos que o espetáculo é bonito e a
alegria contagiante. Tem que olhar, para aprender …
Não dá para encerrar sem falar nas trezentas apresentações Xavantes com
o RZ à frente do grupo. Sou fã do nosso treinador. É certo que só chegou a este
número porque também os resultados foram bons. Não me iludo com o discurso de
planejamento, convicção e blá-blá-blá. A realidade é que está vencendo. Se a
campanha fosse pífia, tenho minhas dúvidas a respeito do discurso. Futebol é
assim, cruel. Quero ver quando os resultados não forem tão bons. Aí sim, será
convicção. Por enquanto, aproveitemos o momento, mas sem demagogia. O mérito é
do professor. Parabéns, mestre!
Abs.
http://www.blogxavante.com/2015/07/27/anfetamina-liberada-ivan-h-schuster/