Torcedor que não
consegue se controlar e perde o bom senso começa a correr sérios riscos de
apanhar da própria torcida visto que o prejuízo do clube e da torcida em geral
é muito grande. Imaginem uma final de campeonato e a torcida punida com a perda
do direito de assistir a partida em seu próprio estádio? Não vou ser hipócrita
de condenar descaradamente quem fez o que fez porque ao longo de meus cinquenta
e tantos anos de torcedor já tive trocentas vezes vontade de fazer uma besteira
dessas, mas graças a Deus, meu freio de mão sempre funcionou. Agora, não tem
como não chamar à responsabilidade quem comete um desatino desses. Está na hora
da Federação através de seu Tribunal de Justiça Desportiva punir aquelas
pessoas que vão aos estádios para agredir e depredar sem se importarem com as
conseqüências nefastas que trazem para seus clubes e para os expectadores em
geral.
Com relação aos
episódios do Bra-Pel 354, disputado no dia 06 de outubro de 2013, felizmente o
G. E. Brasil não perdeu mando de campo. Mas isto não serve de alento porque
recebeu uma multa de R$ 10.500,00 e sabemos muito bem das dificuldades
financeiras do Xavante. Importante ressaltar a prontidão e a capacidade da diretoria
para munir o departamento jurídico responsável pela defesa do Clube no TJD da
Federação Gaúcha de Futebol. “O Brasil reconheceu tudo, registrou o problema,
identificou o torcedor e foi totalmente contra a atitude e isso pesou na
decisão” disse o advogado Alexandre Borba em palavras no site do Diário Popular
(23.10.13).
Eu estava longe dos
acontecimentos e confesso que não acreditei quando me disseram que um torcedor
havia pulado a tela (quase quatro metros de altura), dado um soco no
bandeirinha e voltado para as arquibancadas. Isto realmente é inusitado. A
segurança proporcionada pela Brigada Militar, como sempre, em Bra-Péis é
reforçada e havia vários PMs tanto do lado de dentro do campo quanto nas gerais.
Como, em sã consciência, alguém poderia fazer isso? Como ele agiu sozinho, a
possibilidade de ser pego pela Brigada era muito grande; praticamente de cem
por cento diante da experiência e do treinamento dos que estavam de serviço ali.
Daí a incredulidade de muitos diante de tamanho alvoroço e chegamos a pensar
que era “cera” do bandeirinha.
Foi um momento doido e
fora de propósito. Tal qual o resultado do jogo. Só acontece de tempos em
tempos e furtivamente. Mas não podemos perder de vista que futebol é o ópio do
povo brasileiro e os tempos estão mudando. Está aí a TV encharcando nossas
casas com jogos de além-mar e rapinando jovens que passam, cada vez mais, a
torcer pelos grandes da Capital. Nós somos os senhores e responsáveis por tudo
o que acontece contra e a favor de nossos clubes. Cada um tem a sua paixão,
claro, mas o todo é que fará a grandeza de nosso futebol. Em tempos
internéticos, muitos se degladiam e prometem fazer isto e aquilo esquecendo
que, em suas machezas, afastam aqueles que, em última análise, farão a
diferença no borderô e na contratação de bons jogadores.
Finalizando, a Torcida
Xavante sempre deu mostras do quanto ama este Clube. Foi peça fundamental na
reforma da tela tão habilmente escalada por este infrator e na moderna drenagem
do Bento Freitas e de maneira nenhuma vai aceitar que ponham por terra tudo o
que conquistou com muito sacrifício. Amor, paixão, orgulho, sacrifício,
disposição são qualidades que nos diferenciam entre as demais torcidas e
saberemos pôr tudo isto à disposição do G. E. Brasil. Avante com todo o
esquadrão/Torcida do nosso campeão!
Xavante Munhoso
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