quinta-feira, 20 de abril de 2017

Visão de futuro

Quando Breno Corrêa da Silva e Salustiano Brito, inconformados com o adiamento do treino da equipe de futebol formada por funcionários da Cervejaria Haertel – o Sport Club Cruzeiro do Sul – fundaram o G. E. Brasil evidentemente não pensaram no que esta decisão influenciaria o futuro esportivo da Princesa do Sul. Concentrados apenas em sua paixão pelo futebol queriam mais era correr atrás de uma bola como a maioria dos brasileiros prefere desde criança.

Mas aquele rompante juvenil não ficou acampado na várzea que lhe deu origem e, no dia sete de setembro de mil novecentos e onze formalizou aquele que viria a ser o mais poderoso clube da Zona Sul e um dos principais do Rio Grande do Sul. Tendo Dario Feijó como primeiro presidente abriu uma escalada onde dezenas de abnegados marcariam seus nomes numa História brilhante e apaixonante.

Adir Cunha, André Araújo, Alberto Gigante, Antônio Carapeto Fernandes, Antônio Ferreira Martins, Augusto Simões Lopes, Basileu Campello, Bento Mendes de Freitas, Breno Antônio Nunes, Carlos Giusti, Carlos Marino Louzada, Claer Augusto Borda, Cláudio Fabrício Montanelli, Cláudio Milton Cassal de Andréa, Clóvis Gotuzzo Russomano, Dario da Silva Tavares, Delorges Antônio Horta Duarte, Érico Ribeiro, Flávio de Souza, Frederico Zambrano Siqueira, Giovanni Mattéa, Hamilton Santos, Hélder Lópes, Heleno Aires Coelho, Hipólito J. do Amaral Ribeiro, Humberto Santo, Humberto Zachia Alan, Ildefonso Simões Lopes, Ivânio Branco de Araújo, José Carlos Lima Schuch, João Zabaleta, José Antônio Zaquia Alam, José Delgrande Domingos de Assis, José Francisco Dias da Costa, José Gomes Tavares, José João Bainy, José Mario Manfrin, José Rahal, Júlio de Castilhos, Juvenal Dias da Costa, Lélio José Robe, Luís Leivas Massot, Manoel Ayres Filho Maneca, Manoel de Sá Cordeiro, Manoel Farias Guimarães, Manoel Giampaoli da Silva, Manuel Luíz da Rocha Osório, Marcílio Carvalho, Orlando Brisolara Azevedo, Paulo Vignolo Silveira, Pedro Elba Zabaleta, Pedro Noronha de Mello, Rafael Iório Brandi, Rogério Souza Moreira, Selmar dos Santos Pintado, Sílvio Barbedo, Solon Ferreira de Brito, Sylvio Balverdú, Torquato Nunes Garcia, Ubirajara Pinto Martinez, Vicente Russomano, Wanderley Álbio da Silva e Wilson Francisco Brito Wasielieski sedimentaram o Clube do Povo enfrentando obstáculos mil até chegar aos dias atuais.

Hoje Ricardo Fonseca soma-se a estes valorosos guerreiros completando uma lista de sessenta e cinco Torcedores que vestiram literalmente a Camisa do Brasil rumo ao convívio dos grandes clubes nacionais numa busca sem parar. Apesar de algumas derrotas, natural em se tratando de um clube de futebol, o G. E. Brasil crava o seu nome na história com feitos deveras fascinantes. No meio de tantos méritos, atrevo-me a citar alguns: Troféu Estímulo – (ofertado pela LPF em reconhecimento ao esforço dos atletas – 1913); Primeiro Título de Campeão da Cidade – 1917; Campeão Gaúcho – 1919; Torneio Rio-São Paulo-Rio Grande do Sul – 1920; Paulo Viola cria o Distintivo do G. E. Brasil – 1930; Estádio Bento Freitas – 1943; Brasil 5 X 3 Pelotas – “Eles são uns Xavantes!” – 1946; Vitória contra a Seleção do Uruguai em Montevidéo – 1950; Excursão às Américas – 1956; Penta-Campeão Gaúcho – Futebol de Salão – 1963, 1966, 1967, 1968 e 1969; Torneio Seletivo – 1977; Campeão Gaúcho de Juniores – 1984; Campeonato Brasileiro de 1985; Uma curva da BR-392 põe à prova a Torcida Xavante – 2009; Identidade Xavante – Livro em homenagem ao Centenário do G. E. Brasil – 2011; Ricardo Fonseca assume a Presidência do Brasil – 2012; Campeão da Divisão de Acesso – 2013; Campeão do Interior – 2014; Acesso à Série B do Campeonato Brasileiro – 2015; e “Vai ter estádio, sim!” – 2016.

Evidentemente que, cada gol, cada tijolo das velhas arquibancadas, cada nome confirmado na presidência do G. E. Brasil teve o sopro inigualável do Torcedor Xavante. Nada é obra do acaso e sim a mais pura intenção de partir para a luta em busca de um espaço sonhado por aqueles que um dia largaram tudo para criar o seu próprio clube. Sim porque o G. E. Brasil realmente é nosso. Do Torcedor do bairro, do centro, da esquina, da indústria, do café famoso, do boteco e de todo e qualquer lugar. Ricos e pobres, brancos e pretos fervilham numa paixão desenfreada, avassaladora, que a todos une e iguala.

Hoje estamos noutro patamar. As glórias do passado já não nos bastam e é preciso buscar novos desafios. Esta é a descomunal tarefa de Ricardo Fonseca. Avançar mais e mais sem comprometer o que ele e outros conquistaram.

O Brasil é um clube de futebol, todos nós sabemos e é assim que queremos continuar sendo. Mas tem um mundo voraz a empatar os sonhos de quem não tiver a devida competência para evoluir sem perder seu próprio brilho. Sem sangrar sua identidade.

Vejo que estamos no caminho certo. Não falo em futebol dentro das quatro linhas por que este é efêmero e traiçoeiro. Aliás, Dino Sani já dizia: “Em futebol se ganha, se empata e se perde”. Santa verdade!

Refiro-me a feliz iniciativa do G. E. Brasil aderir ao Profut; à reorganização das Categorias de Base; à heroica reconstrução do Estádio Bento Freitas; à busca constante por um quadro social digno do tamanho da Torcida Xavante; à captação de recursos através das leis de incentivo aos clubes esportivos; à Timemania; à Loteca; à valorização do quadro diretivo e dos funcionários que se doam diariamente para manter em pé o clube de nosso coração; ao acerto com credores; enfim, à saúde financeira do Clube através de recursos via patrocínios e investimentos em novos atletas, além, claro, de um gerenciamento profissional dos recursos tenazmente buscados.

São essas ações que, em última análise, vão dar o suporte necessário para as conquistas dentro de campo. Um passo a passo básico para chegarmos a tão falada estruturação. Algo imprescindível para um enfrentamento de igual para igual com os clubes de porte médio a grande das principais competições brasileiras e num futuro não muito longe, latino-americanas.

Olhar o Clube do alto, valorizando sua História, aprendendo com os erros e apostar nas qualidades e nos pontos fortes. Trazer cada vez mais para dentro do Estádio a Torcida. Coração determinante de tudo que acontece no Bento Freitas.

Este é o caminho, este é o futuro e esta é a grande missão do atual e dos próximos presidentes. Não às dificuldades; não aos medos; não à apatia. Sim, sempre sim ao arrojo, ao planejamento, à congregação com a Torcida Xavante. Guerreira como é, decerto colocará o G. E. Brasil no mais alto do pódio. 

Campeão Segundona Gaúcha - 20.07.13

Campeonato Brasileiro - Série C
Festa da Chegada a Série B - 18.10.15

domingo, 16 de abril de 2017

"... fazer o bolo crescer, para depois dividi-lo..."

Tche! O que Delfim Netto deve estar pensando diante dos milhões, milhões e milhões que partidos e políticos corruptos apropriam-se diariamente neste País Tropical? Segundo o que a "Lava-Jato" escancarou à Nação aquela grana alardeada pelo "homem forte" em vários governos já vem sendo repartida há décadas. Longe de nós reviver os "anos de chumbo" mas o que empresas tipo a Odebrecht e outras tantas faz é passivo de comparação porque encarcera um número inimaginável de jovens que, sem escola, sem saúde, sem trabalho e sem segurança , partem para o mundo das drogas e do ilícito.

Tomara que esses escárnios que hoje nos governam e criam leis negociadas segundo interesses alheios às necessidades do povo sejam enfim desmascarados e presos exemplarmente para que a próxima geração de políticos finalmente tenha em mente o real objetivo da Democracia: "do povo, pelo povo e para o povo".


ex-ministro da Fazenda do regime militar, Delfim Netto
Foto: Pena Filho/Agência RBS



quinta-feira, 13 de abril de 2017

Da perfídia astuto ardil...

É uma vergonha! As coalizões esdrúxulas estão confirmando a que vieram. Tomara que a Lava-Jato aguente o tranco e, se não encarcerar, pelo menos desmascare esses políticos safados e corruptos. São pestes aquarteladas em partidos que usam do nome da Democracia, do socialismo, do trabalhador, da fé e de tantos outros segmentos da Sociedade. Agora um tripé começa a ser organizado para "$alvar" as próximas eleições. Uma ova! Os três só querem continuar no bem-bom.


quarta-feira, 5 de abril de 2017

PRECISAMOS EVOLUIR, PROFESSOR

POR MARCELO BARBOZA - Blog Xavante
"A noite do dia 29 de março foi para fazer todos os corações Xavantes pararem de bater. Precisando vencer o Passo Fundo fora de casa, o lanterna do campeonato, para eliminar qualquer chance de rebaixamento, o Brasil fez mais uma péssima partida e perdeu pelo placar de 2 a 1. Ao final do jogo em Passo Fundo, a torcida Xavante ficou ligada nas rádios de Erechim pois um gol do Ypiranga contra o Caxias colocaria o Brasil novamente na segunda divisão. A pressão do time de Erechim foi gigante mas o Caxias segurou o empate e manteve o Brasil na divisão principal do campeonato gaúcho. Foi por pouco. Muito pouco.
Mas a derrota maior veio após o jogo. A entrevista coletiva do nosso treinador, Rogério Zimmermann, foi surreal. Totalmente transtornado, o nosso comandante mais uma vez não soube administrar um fracasso. Questionado sobre a péssima campanha do Brasil no campeonato, Rogério desviou o foco dos problemas técnicos e começou com o seu discurso de sempre.
O que precisamos separar é o Rogério Zimmermann treinador do Brasil e o Rogério Zimmermann que concede as entrevistas. O primeiro é um profissional sério, profundo estudioso e que respira futebol. Um dos maiores treinadores da história do Brasil, sem dúvida. O outro, que concede as entrevistas, é um personagem que Rogério criou. Ele mantém um atrito com a imprensa de Pelotas há muito tempo, onde muitas vezes até tem razão, e usa as entrevistas coletivas para tentar zombar da cara deles. Porém Rogério esquece de um detalhe muito importante, que do outro lado do radinho tem um torcedor do Brasil que dá importância para o que ele fala.
As entrevistas coletivas também são de nível muito baixo, concordemos. As perguntas são quase sempre as mesmas e pouco questionam as escolhas e detalhes técnicos da partida. Então Rogério quase sempre mantém o mesmo discurso e se contradiz em vários momentos. Às vezes reclama que os adversários possuem jogadores que já passaram pela Série A e esquece que deixa Teco e Evaldo no banco, dois jogadores que já jogaram Libertadores pelo Grêmio, e que quando jogam correspondem muito bem. Fala da curta pré-temporada como se soubesse disso apenas em janeiro desse ano e não lá no final de 2015 quando conquistou a vaga para a Série B. Rogério teve seu contrato renovado com o Brasil somente no final de dezembro, quando o mercado já era escasso para bons jogadores. Então a solução foi recorrer a empresários e vasculhar o mercado em busca de soluções, pois no Brasil quem define as contratações é o treinador e não um gerente de futebol. E deu no que deu, um quase rebaixamento.
O Brasil nunca teve tantos recursos financeiros entrando em seu caixa. Entre cotas de tv, quadro social e patrocinadores, serão mais de 10 milhões de reais para 2017. Obviamente que folha salarial não ganha jogo e nem título, mas é um princípio para tudo. Tendo mais dinheiro no bolso, é incompreensível pra mim perder o Diogo Oliveira e trazermos o Lenilson. Perdermos o Ramon e acreditarmos que Gustavo Papa, terceiro reserva na Série C de 2015, iria nos levar para as cabeças no Gauchão. Contratamos errado por demora na definição do treinador? Por irmos ao mercado tarde demais? Ou pela simples opção do treinador achar que esse time seria o suficiente para brigar pelo título? Na coletiva após a derrota pro Passo Fundo o nosso comandante disse que ficará com todo esse grupo para a Série B, pois foi ele quem definiu que esse seria o grupo pro Gauchão. E é isso que desgasta a relação dele com a torcida. Ele vai para as coletivas, fala coisas que ele mesmo não concorda, e grande parte da torcida toma tudo isso como verdade. Parece loucura, mas é o que acontece. Proteger os seus jogadores é normal e compreensível, mas o que tem acontecido é diferente disso.
Essa overdose de gratidão tem ultrapassado o bom senso. Somos e seremos eternamente gratos ao grupo de jogadores, direção e comissão técnica que nos tiraram do limbo e nos colocaram nessas condições que teremos no ano de 2017. Por mim colocávamos uma estátua para cada um no entorno do Bento Freitas. Mas chega uma hora que não dá mais pra mantermos essa gratidão dentro do campo. Nem vou citar nomes, para não parecer marcação com um ou outro. Acho eu que o próprio Rogério sabe que jogadores no atual elenco não tinham mais que estar no Brasil. O fato de eu falar isso jamais apagará tudo o que eles fizeram pelo Brasil. Não é ingratidão, é sequência no trabalho. É a evolução.
Quando o Rogério diz que ergueu o Brasil na sua primeira passagem em 2004 e agora, ele está certo. Assim como o Brasil ergueu a carreira dele. Na Cabense, na Ulbra ou no Pelotas, ele jamais chegaria a uma Série B de Brasileiro, a um calendário como temos esse ano e não seria ídolo como é. Ele também deve muito ao Brasil e principalmente à torcida do Brasil. Mas nas coletivas ele diz o que?
– “O Brasil estava na segunda divisão em 2003, aí chamaram o RZ e eu vim e subi o Brasil”. Esquece de dizer que em 2004 tínhamos um jogador chamado Cláudio Milar, que fazia gol de tudo que é jeito.
-“Se pegar a história do Brasil, dá mais tempo na segunda divisão do que na primeira”, como se o Brasil não existisse antes da contratação dele. Como se Galego, Osvaldo Barbosa, Teté e outros treinadores, que levaram o Brasil a grandes conquistas, fossem menores que ele. Como eu disse, nas coletivas ele se transforma em um personagem e fala coisas sem sentido e quer que todos aceitem como verdade. E o impressionante é que muitos embarcam nessa barca.
Mas ignoremos o personagem Rogério das entrevistas, vamos esquecer dele. Vamos falar do Rogério treinador de futebol. Sempre montou times competitivos, onde a defesa é o ponto forte. Dessa forma levou o Brasil a dois acessos nacionais e tirou o clube do limbo da divisão de acesso. E é esse o Rogério que queremos ver evoluir. O futebol apresentado no Gauchão desse ano não demonstra essa evolução. Será que Rogério chegou no seu limite técnico? Ou apenas erramos nas contratações e bago pra cima seria o único jeito de tentar jogar com esses jogadores? A Série B vem aí novamente, daqui a pouco mais de um mês. Rogério terá novamente uma grande oportunidade de crescer profissionalmente, mostrar que também está evoluindo com o Brasil e que é um treinador de Série B ou A. Mas para isso é preciso largar esse personagem das entrevistas coletivas e se desgastar com os torcedores à toa e focar no trabalho. Chega de escalar jogador por birra com a torcida ou imprensa. “Fulano é vaiado, então vai jogar”. “Cicrano ta no clube desde 2012, tem que renovar contrato por gratidão”. Não dá mais.
Queremos ver o time do Brasil jogar um bom futebol, apenas isso, assim como lá na Série C de 2015 contra o Juventude no Jaconi e contra o Guarani em Campinas, onde jogávamos contra bons times de igual para igual. Sei que temos grandes limitações como clube ainda e muitos acharão que a cobrança é desproporcional, mas ela é necessária.
Portanto professor, aproveite esse momento impar em sua carreira e siga essa evolução que o clube precisa e a torcida tanto quer. Isso fará bem para todos, inclusive para você. E não nos leve tão a sério. Nós do Blog Xavante somos apenas torcedores de um clube de futebol, não entendemos bolhufas de futebol. Porém carregamos esse clube há muito tempo, antes mesmo do senhor pensar em ser treinador. Iremos ama-lo e odiá-lo em vários momentos, às vezes até mesmo dentro de uma mesma partida. Mas queremos sempre o mesmo que você, o bem do Grêmio Esportivo Brasil."

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Obrigado Marcelo Barboza! Esta santa abordagem trás-me um novo ânimo e leva-me a crer que nem tudo está perdido com o nosso treinador.



segunda-feira, 3 de abril de 2017

Passado, presente e futuro



Angustiado e sem divã, apego-me às palavras de GebPOA:

"... Ser Xavante é viver u misto de esperança e tensão. A permanência do TZ (ainda continuarei a chamá-lo assim) é mais uma destas situações que já viví muitas vezes torcendo pelo Brasil. Um olhar crítico pela situação e efetivação na montagem e trabalho da equipe até agora me faz sentir medo pelo que possa vir a acontecer com o time e consequentemente com o clube. Mas a esperança olhando o que já foi feito e conquistado, tanto pela nossa diretoria quanto por nosso treinador, me dá esperanças. Certamente a mudança de resultados passa por repensar o que foi feito neste ano. A minha esperança é que o TZ, possa olhar criticamente e verdadeiramente o que a equipe rendeu até aqui e mude sua postura e sua forma de jogar. Afinal, se queres mudar teus resultados, tens que mudar tuas atitudes. Não podemos ficar uma vida inteira olhando para um troféu conquistado, orgulhoso pelo feito, e esquecer de que novos desafios se avizinham e novas lutas devem ser travadas para termos novas conquistas. Desejo todo sucesso ao TZ, pois o sucesso dele é o sucesso do Brasil. Estarei na torcida, COMO SEMPRE."- GebPOA in Forum Xavante.

domingo, 2 de abril de 2017

Izan Muller responde a Rogério Zimmermann

Izan Muller colaborou com seus dados estatísticos
 no livro Identidade Xavante

Não me surpreende em nada a manifestação do Izan Muller feita no facebook em 01.04.17. Trata-se de um verdadeiro mestre e eu o sigo sempre. Aliás, agradeço este tópico tão bem colocado. Disse aquilo que muitos de nós não conseguiu diante do que vem manifestando o nosso treinador. Muitas e muitas vezes a paixão nos cega e não conseguimos expressar o que realmente está acontecendo à nossa volta. Daí ler isto que o Izan Muller trás à luz é uma bênção. Principalmente para os jovens Torcedores que não tiveram a oportunidade de conhecer ainda a belíssima História do G. E. Brasil. Mais uma vez, obrigado Izan Muller!

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“Um ídolo jamais pode ser maior que a instituição, está na hora de rever conceitos.” – Izan Muller, referindo-se a manifestação do treinador Rogério Zimmermann após a participação do G. E. Brasil no Campeonato Gaúcho de 2017.

Eis o que Izan Muller disse após ouvir a manifestação de Rogério Zimmermann logo após o jogo Passo Fundo 2 X 1 Brasil. Resultado este que marcou o encerramento do Time Xavante no Gauchão de 2017. Como décimo colocado, o Brasil só não caiu para a famigerada Segundona graças ao fracasso do Ypiranga que empatou o seu jogo contra o Caxias lá em Erexim num inacreditável e abençoado 0 X 0.

Ressalto ainda a importância dos dados apresentados. Isto dá ênfase a toda e qualquer palavra que sirva para contar a verdadeira História do G. E. Brasil dentro das quatro linhas.

Falou o Mestre Izan Muller:

“Professor RZ, o sr. está próximo de alcançar mais uma marca histórica a frente do G. E. Brasil, 400 jogos. Não manche a sua trajetória. Não deixe o seu ego e sua falta de humildade acima de qualquer coisa. Nem os grandes ídolos estão acima do bem e do mal, a instituição clube é sempre maior do que tudo. A sua entrevista pós jogo na quarta quando o sr. se coloca acima de qualquer coisa, acima até da própria instituição é algo surreal.

Que o sr. não queria admitir seus erros, as suas avaliações equivocadas publicamente, que blinde seus atletas das críticas muito sensato da sua parte. Mostra o quão talentoso e competente o sr. é, mas internamente está na hora do rever seus conceitos.

Quando o sr. se manifesta de forma equivocada dizendo “que o Brasil vivia mais na Segunda que na Primeira antes do sr.”, se faz necessário demonstrar que o sr. está redondamente errado ou simplesmente desconhece a História do seu clube. Só posso acreditar que o sr. deixa-se levar pelas fortes emoções do jogo e perde a sensatez.

Na minha humilde condição de Torcedor que acompanha o Brasil há quase 40 anos e tem um pouquinho de conhecimento da História do Clube e fornece informações das mais variadas sobre o Brasil aos diversos meios esportivos dessa cidade, estado, País e inclusive ao próprio Brasil sem nunca solicitar nada em troca, pelo simples przer de colaborar com todos, cabe rebater a sua infeliz colocação pós jogo de quarta com números que contestam veemente. Muito obrigado e que o sr. seja um iluminado pois a sua batalha e desafio na Série B que se avizinha é enorme.”

E aqui os dados que dão credibilidade e certeza da oportuna intervenção desse grande historiador e estatístico. Não são números jogados ao léu e sim um trabalho organizado, persistente e apaixonado feito por Izan Muller, um Torcedor que ama e leva a sério a História do G. E. Brasil:

Participação em campeonatos nacionais antes da era RZ:
282 jogos

- 04 participações em Campeonato Nacional – Série A:
(1978, 1979, 1984 e 1985) totalizando 78 jogos;
- 03 participações em Campeonato Nacional – Série B:
(1980, 1986 e 2000) totalizando 32 jogos;
- 13 participações em Campeonato Nacional – Série C:
(1995, 1996, 1997, 1998, 1999, 2001, 2002, 2003, 2006, 2008, 2009, 2010 e 2011) totalizando 172 jogos.

Campeonato Estadual

1.055 jogos em campeonatos estaduais.
-52 participações em campeonatos estaduais:
(1919, 1921, 1926, 1927, 1931, 1937, 1941, 1942, 1946, 1948, 1949, 1950, 1952, 1953, 1954, 1955, 1962, 1963, 1964, 1965, 1966, 1967, 1968, 1969, 1970, 1971, 1972, 1973, 1977, 1978, 1979, 1980, 1981, 1982, 1983, 1984, 1985, 1986, 1987, 1988, 1991, 1992, 1993, 1994, 1995, 1996, 1997, 1998, 1999, 2007, 2008 e 2009.

Nestas 52 participações em campeonatos estaduais o G. E. Brasil foi Campeão em uma oportunidade (1919), Vice-Campeão em quatro oportunidades (1953, 1954, 1955 e 1983), Terceiro colocado em sete oportunidades (1921, 1949, 1950, 1952, 1963, 1984 e 1998), Campeão do Interior em oito oportunidades (1919, 1953, 1954, 1955, 1963, 1983, 1984 e 1998) e Vice-Campeão do Interior em oito oportunidades (1921, 1931, 1949, 1950, 1952, 1964, 1968 e 1997). E teve ainda três goleadores do Campeonato Estadual: em 1919 Proença, em 1992 Gilson e em 1998 Luizinho.

Participação em Campeonatos Estaduais –  Série B ou Divisão de Acesso antes da era RZ

287 jogos em campeonatos Estaduais – Série B ou Divisão de Acesso
- 13 participações em Campeonatos Estaduais (1961, 1989, 1990, 1991, 1996, 1999, 2000, 2001, 2002, 2003, 2010, 2011 e 2012).

Conquistas em Copas da FGF antes da era RZ

Copa Governador do Estado (Campeão): 1972;
Copa Cidade de Porto Alegre (Campeão): 1991;
Copa Clébel Furtado (Campeão): 1992;
Copa Rio Grande do Sul (Campeão): 1993;
Copa João Giuliani Filho (Campeão): 1995;

Era Rogério Zimmermann:

Participação em campeonatos Estaduais com RZ

80 jogos em Campeonatos Estaduais
- 06 participações em Campeonatos Estaduais (2005, 2006, 2014, 2015, 2016 e 2017).
Participação em Campeonatos Nacionais com RZ
84 jogos em Campeonatos Nacionais
- 04 participações em Campeonatos Nacionais (2012, 2014, 2015 e 2016).

Participação em Campeonatos Estaduais – Série B ou Divisão de Acesso com RZ

73 jogos em Campeonatos Estaduais – Série B ou Divisão de Acesso
- 03 participações em Campeonatos Estaduais (2004, 2012 e 2013).

Títulos RZ

Campeonato Citadino (Campeão): 2004;
Campeonato Estadual – Divisão de Acesso – Série B (Campeão): 2004 e 2013;
Campeonato do Interior (Campeão): 2014 e 2015
Campeonato Nacional D (Acesso Série C): 2014;
Campeonato Nacional C (Acesso Série B): 2016.

Copas da F. G. F. com RZ

Copa Colombo – LG (Eliminado 1ª. Fase): 2004;
Copa Emídio Odósio Perondi (Vice-Campeão): 2005;
Copa F. G. F. (Eliminado 2ª. Fase): 2005;
Copa Hélio Dourado (Vice-Campeão): 2012;
Copa Willy Sanvitto (Eliminado 2ª. Fase): 2013;
Copa Sul Fronteira (Vice-Campeão): 2013;
Copa Fernandão (Eliminado 2ª. Fase): 2014.

Mestre Izan Muller