sábado, 31 de dezembro de 2016

Tchau 2016!

Se eu for olhar pelo lado da política, vou ficar envergonhado. Também, com um Congresso Nacional repleto de corruptos, aproveitadores e clãs eternos que não largam a rapadura de jeito nenhum... Na Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha reinou enquanto pode e no Senado federal a figura ímpar de Renan Calheiros deu um ar de deboche assustador. “Assim não dá, assim não pode” diria FHC. Mas e daí? Se o partido dele também está longe de bem representar o Povo. Por falar em partido, o que dizer da coali$ão PT/PMDB? O tombo foi grande. Melhor, o rombo foi grande. Um peculato nunca visto e precisaremos de muitas e muitas “Lava-Jato” para tirar isso tudo a limpo. Falar em limpeza quando se trata de PT e PMDB é sacanagem porque os caras estão melados dos fundilhos a alma.

Mas, aqui é o País do Futebol e aquele ourinho da Olimpíada multi-faturada deu um gostinho de vitória. Estamos festejando dezenove medalhas; sete de ouro, seis de prata e seis de bronze. Um custo acima de trinta e oito bilhões parece ser algo normal diante da vida abastada que nossos políticos levam. Ainda não me convenci que o “legado” valeu a pena.

Já nos Pampas, o G. E. Brasil barbarizou no Campeonato Brasileiro – Série B. Com cinquenta e quatro pontos, tapou a boca dos incrédulos e deu um susto nos visionários que sentiram o gostinho de ficar entre os vinte maiores do País. Quatorze vitórias, quarenta gols e Felipe Garcia de vice-artilheiro manteve a Torcida Xavante sempre na crista da onda. Já os colorados, estão ladeira abaixo quebrando o ditado “time grande não cai”. A piada do ano.

De trabalho, não posso falar porque estou entre os doze milhões de desempregados. Mas tive uma conquista muito importante e compensou os cobres ausentes mês a mês.

Na real, a bola da vez foi minha Família. Além de segurar as pontas, surpreendeu-me vestindo a Camisa como manda o figurino. No dia de Santos Inocentes, vinte e oito de dezembro, meu aniversário, armaram uma festinha meio surpresa barbarizando no Vermelho e Preto. Fiquei nas nuvens, no meio de abraços e beijos e as fotos estão aí para mostrar o que digo.

Enfim, a luta foi grande. Com a batalha vencida estou pronto para 2017.


Feliz Ano Novo!



















segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Seja bem vindo Inter!

Enfim, o “Campeão de Tudo” chegou a Série B do Campeonato Brasileiro. É inédito e por isso mesmo, devemos dar as boas vindas. Mas é bom os colorados se prepararem porque não vão ter moleza, não.  Vejam o cagaço que o Vasco da Gama levou este ano até voltar aos vinte maiores do futebol brasileiro.

Numa campanha pífia, Fernando Carvalho, teve a desfaçatez de comparar os resultados ridículos do Internacional de Porto Alegre com a tragédia da Chapecoense. Uma imoralidade tão absurda que dá nojo só de lembrar. O mundo inteiro consternado, rezando, aderindo de imediato a #ForçaChape e este dirigente infantil batendo pé e fazendo beicinho para a Segundona que o abraçaria de vez.

Taí, ó! Taí o resultado. Não importa o tamanho do clube, se não fez jus dentro de campo, que dê o lugar para outro.

Pontos do Internacional de Porto Alegre – 43
Gols do Internacional de Porto Alegre – 35
Defesa do Internacional de Porto Alegre – 41 gols contra
Saldo de gols do Internacional de Porto Alegre – 6 negativo

Posição na tabela do Internacional de Porto Alegre – décimo-sétimo = rebaixado

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

PSDB, PT, PCdoB, PMDB ou outro partido qualquer, que diferença faz?

Confesso que tenho errado uma barbaridade ao votar. Talvez por isso nem lembro a última vez que o meu voto elegeu um vereador. Acho que foi o Marino Louzada o último que consegui eleger. Nem vou entrar na questão se ele foi um bom vereador ou não. Agora, o que me deixa pasmo mesmo é ver alguns deputados federais e senadores "teoricamente" de oposição, de esquerda e outros quetais falarem palavras iguais as pronunciadas por Renan e sua turma. Só falta colocarem o judiciário na cadeia e institucionalizar a corrupção como de intere$$e nacional.

Mas o pior, o que tem de defensores dessa corja no facebook não tá no Gibi. Acham-se politicamente mais evoluídos do que os outros. Não enxergam que está tudo corrompido e somente a Justiça para salvar nosso País. PT, PCB, PCdoB, PSDB ou PMDB, que diferença faz?

AQUELE APERTO NO PEITO VOLTOU

Publico aqui a mensagem que Marcelo Barboza publicou no Blog Xavante. Com sabedoria e profundo sentimento, conseguiu transmitir o que a imensa maioria dos Xavantes gostaria de dizer nessa hora.
--------------------

Era para ser apenas mais uma terça-feira na vida de todo torcedor Xavante, na expectativa de saber se Diogo Oliveira seguiria no clube ou não, saber se Rogério Zimmermann teria a sua renovação de contrato anunciada ou não, ou qualquer outro tipo de notícia vinda do Bento Freitas, após o término da Série B.
Mas não, recebemos essa paulada do acidente da Chapecoense na Colômbia. Tentando raciocinar sobre o que havia acontecido, a lista de vítimas era gigante e eu não sabia mais se aquilo era real ou um pesadelo. Aos poucos a ficha foi caindo e reviver aquela noite de 15 de janeiro de 2009 foi inevitável.
Lá em 2009, lembro de ir desligar o computador perto da meia noite mas antes fui dar uma espiada no falecido Orkut. Lá entrei na comunidade da torcida Xavante e tinha um post dizendo “acidente com o ônibus do Brasil”, mas nenhum comentário. O post era recente. De início achei que era zoeira, mas mesmo assim resolvi esperar um pouco e ver se surgia alguma notícia. Aos poucos as informações foram chegando e então liguei nas rádios de Pelotas para ouvir que era apenas um pequeno acidente, sem maiores problemas. Pronto. Ali começava uma madrugada sem fim.
As notícias iam piorando a cada minuto, pois surgiam os boatos de que haviam vítimas fatais. O MSN começou a chover de mensagens. Eram outros iguais a eu buscando boas notícias. Quando se confirmou que pessoas haviam morrido, o pavor e o aperto do peito foi aumentando. Quando lá por volta das 3 horas da manhã o Tiago, irmão do assessor de imprensa do clube na época, me comunicou via MSN que um dos que haviam morrido era o Claudio Milar. Obviamente eu não acreditei. Mas ele dizia que havia acabado de falar com o irmão dele e estava confirmado. Pouco tempo depois as rádios confirmavam e informavam que Régis e Giovani também tinham partido. Fiquei em estado de choque, há mais de 800km de Pelotas, sem poder fazer nada. Apenas chorando no quarto do computador, copiosamente, até as 7h da manhã, quando criei coragem para ir para a cama.
Uma semana antes do acidente eu estava de férias em Pelotas e fui na casa do Milar, junto com Daniel Brahm, aqui do blog, pois o Daniel estava por fazer o site do Castelhano. Jantamos com ele e sua família e levei algumas camisas para ele autografar. Entre as camisas, estava a que ele usou no Acre, naquele fatídico jogo contra o Rio Branco onde deixamos o acesso à Série B escapar em 2008. Camisa essa que foi a última que ele usou em jogos oficiais pelo Brasil. O Castelhano contou muitas histórias do tempo de Polônia e bastidores do Brasil. Naquele dia me senti realizado. Meu ídolo era um cara sensacional. Dias depois, meu ídolo nos deixava.
Relato isso porque hoje milhares de pessoas tiveram esse mesmo sentimento. Obviamente que o acidente com a Chapecoense foi em proporções muito maiores, mas o sentimento de perda é igual. Hoje todos nós Xavantes tivemos esse aperto no peito como tivemos em 2009. Falo como torcedor de futebol, que vive o dia a dia do Brasil mesmo morando longe de Pelotas. Quando tu escolhe um time de futebol para torcer, aquilo começa a fazer parte da tua vida de forma muito intensa. Aqueles jogadores que vestem a tua camisa, são parte da tua família. Uma hora tu ama, outra hora tu odeia, assim como o teu irmão mais novo. Aí do dia para a noite, às vésperas de um Gauchão ou de uma final de Sulamericana, tu acorda sabendo que eles não irão mais te representar. É um vazio absurdo.
O Brasil tinha tudo para acabar em 2009. O elenco montado estava dilacerado. Como aqueles jogadores iriam rodar o Rio Grande do Sul novamente embarcados em um ônibus? Muitos dos jogadores tiveram que abandonar suas carreiras por conta do acidente. Promessas de ajuda surgiram de todos os lados. Todos diziam que ajudariam o “pobre” Brasil de Pelotas. Tá bem. Dias depois estava o Brasil indo pro jogo praticamente com todos os jogadores que estavam dentro do ônibus naquele 15 de janeiro. A grande Federação Gaúcha fez o Brasil jogar de dois em dois dias, com jogos espalhados por todo o Rio Grande do Sul, pois o campeonato já havia começado sem nós. Jamais cogitaram em dispensar o Brasil de rebaixamento naquele ano ou até dispensa-lo da disputa do campeonato. Surgiu um mísero patrocínio de um lado, uma esmolinha do banco do estado de outro, e acharam que um clube do tamanho do Brasil poderia sobreviver à médio/longo prazo com essas migalhas. Nos jogaram na jaula dos leões e nós que nos virássemos. Acabou com o rebaixamento do Brasil para a segunda divisão do Gauchão e um futuro obscuro pela frente.
Hoje outros clubes do país já falam em empréstimos de jogadores e outras formas de ajudar a Chapecoense. Torço muito, do fundo do meu coração, para que isso aconteça. A Chapecoense não merece passar por tudo que passamos. O clube catarinense vem de um crescimento monstruoso nos últimos anos, fruto de muito trabalho, e não merece ser abandonado depois de uma tragédia desse tamanho. O Brasil sobreviveu porque a torcida abraçou o clube, como sempre. E assim a torcida da Chapecoense também fará, tenho certeza. Hoje o Brasil está na Série B do Campeonato Brasileiro, onde recuperou a sua dignidade. Deixamos de ser o “Brasil de Pelotas, aquele do acidente”, para ser o Grêmio Esportivo Brasil, aquele clube que cresce ano a ano e tem uma das torcidas mais fanáticas do país.
Eu sempre evito em falar do acidente do Brasil. Ainda me faz mal e acho que sempre irá fazer. Hoje tenho um grande amigo que ainda trabalha no clube e estava dentro do ônibus naquela noite de 2009, porém jamais tive coragem de conversar com ele sobre aquela noite. E jamais farei isso, por mim e por ele.
O que peço aos torcedores catarinenses é que abracem a Chape, ela precisa de vocês. Recomeçar não é fácil, mas lembrem-se que anos atrás vocês não estavam em nenhuma divisão do futebol nacional e ninguém acreditava em vocês, a não ser vocês mesmos. Como diz o Mauro Cezar, comentarista da ESPN: “Duas certezas: futebol é a melhor invenção do homem e melhor do que vencer é ter um time pelo qual torcer”. - Marcelo Barboza